Queda de cabelo: o que fazer antes e depois

queda de cabelo

Entenda por que acontece a perda de cabelo e saiba como cuidar

A queda de cabelos (também chamada de alopecia) ocorre por inúmeros fatores. Pode ser devido à má alimentação, aos cuidados incorretos dos fios, aos maus hábitos de estilo de vida, contato ou uso de determinadas substâncias, a diversos problemas de saúde ou mesmo à hereditariedade.1, 4

Cabelos caindo são fonte de preocupação tanto para mulheres quanto para os homens. Ter cabelos bonitos e saudáveis significa vitalidade, um símbolo desde as eras mais remotas.2

Para entender melhor por que os cabelos caem, vamos começar entendendo o que não é um problema.

Quando a queda de cabelo é natural

O crescimento do cabelo é um processo complexo: o fio se desenvolve, em fases, a partir das células no interior do bulbo capilar até que atinja o final do seu ciclo natural e seja substituído. Um fio cai, mas outro nasce no lugar.1

Por isso, é absolutamente normal que você perca cerca de 100 a 150 fios por dia e perceba mais a queda quando lava ou penteia os cabelos.1

Ao envelhecermos, o cabelo vai se tornando mais fino e rarefeito, além das mudanças na cor e na taxa de crescimento. No entanto, isso não leva à calvície propriamente dita porque muitos dos fios que caírem serão repostos por novos, embora seja normal a diminuição dos folículos (estrutura onde os fios se desenvolvem).3

São três as fases do ciclo do cabelo: a anágena (de crescimento com tempo geneticamente determinado), a catágena (de transição, quando o folículo regride) e telógena (a de repouso e queda). E o ciclo recomeça.1

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Quando a queda pode ser um problema

Se há uma porcentagem maior de fios na fase telógena, sem que haja fios suficientes na fase anágena, a queda se torna preocupante. Em um couro cabeludo saudável, 10-15% dos fios estão “esperando” pra cair.1, 4

Conheça mais profundamente as três fases do ciclo natural do cabelo, baixando esse infográfico.

Os tipos mais comuns de alopecias indicam se a queda de cabelo pode ser temporária ou permanente.

A alopecia androgenética ou calvície (tendência genética/familiar) é aquela em que há perda de grande parte do cabelo e está relacionada aos hormônios masculinos, por isso, muito mais comum em homens do que em mulheres. Esse tipo ocorre de forma progressiva, mas permanente.4

A alopecia areata é provocada pelo sistema autoimune ou inflamatório, fazendo com que tufos caiam de zonas do couro cabeludo de forma súbita, podendo ocorrer, particularmente nas formas graves, outros sinais. Esse tipo pode ser reversível. 60% das pessoas que sofrem desse tipo apresentam o primeiro episódio da doença antes dos 20 anos.5

E o tipo mais comum de alopecia é o eflúvio telógeno, a popular queda de cabelo que pode ser evitada e tratada, considerando a sua origem.1

As alopecias são mais comuns do que se pensa. Segundo dados da Associação Brasileira de Cirurgia de Restauração Capilar, cerca de metade da população feminina com menos de 50 anos sofre de queda de cabelo. No caso dos homens, a incidência da calvície já é de aproximadamente 30%.6

Para saber mais sobre os tipos de alopecia, leia esta matéria.

O que pode desencadear a queda:

A perda de cabelo pode afetar sua autoestima e isso já é um excelente motivo para cuidar dela. Além da questão estética, as mudanças no padrão no ciclo capilar podem ser um sinal de que há algo errado nos seus hábitos ou mesmo um indicador de problemas com a sua saúde.4

1. A má alimentação é um dos principais fatores que contribuem com a queda de cabelo (eflúvio telógeno).

Sem as vitaminas, minerais e demais nutrientes necessários para a saúde capilar e do organismo como um todo, a queda pode ocorrer em maior quantidade do que o normal. Eles são responsáveis também pela manutenção do equilíbrio do ciclo do cabelo, contribuindo para o crescimento dos fios.7

É muito importante ter uma dieta balanceada, consumindo todas as vitaminas, minerais e demais nutrientes necessários para o bom funcionamento do nosso organismo. Déficits nutricionais arrasam uma cabeleira.7

Por isso uma dieta muito restritiva nunca será sinônimo de beleza.

Conheça as vitaminas e minerais que podem ajudar você a manter os cabelos bonitos e saudáveis, baixando gratuitamente o e-book Principais vitaminas e minerais que auxiliam no fortalecimento dos cabelos.

2. Cuidados inadequados com os fios podem contribuir com a quebra dos fios ou enfraquecimento do bulbo capilar.

Cabelos oleosos podem necessitar de maior frequência de lavagens. Isso porque a oleosidade excessiva gera acúmulo de sebo na raiz, aumentando a possibilidade de obstrução do folículo piloso e assim da ocorrência de processos inflamatórios e proliferação de fungos, como na dermatite seborreica, que pode contribuir para a queda de cabelo.1, 8

Já os banhos muito quentes têm o potencial de irritar o couro cabeludo, interferir no equilíbrio da oleosidade da raiz e até desidratar os fios, podendo facilitar a quebra.9

Mas nem pense em dormir com o cabelo molhado, porque isso favorece os fungos que acabam enfraquecendo a raiz dos cabelos e propiciando a queda dos fios.8

Até mesmo quando pensa que está se arrumando pode, na verdade, provocar a queda. Sabe aqueles penteados que esticam muito os fios? Pois é, se feitos com frequência, também podem provocar a queda, principalmente na parte frontal. É a chamada alopecia por tração.10

Sem falar nos produtos de má qualidade que acabam danificando os fios ou provocando alergias. Sempre procure conhecer a procedência e saber mais dos riscos que podem trazer aos cabelos e à sua saúde.11

Puxa, tudo pode levar a queda? Nem sempre. Há diversos mitos sobre cuidados que não correspondem à verdade. Para conhecer alguns deles, leia esta matéria.

3. Maus hábitos contribuem para a queda capilar.

A lista dos malefícios do cigarro é longa e a queda de cabelo se inclui nela. Acredita-se que as substâncias tóxicas podem enfraquecer a raiz das mechas porque, entre outros efeitos, degeneram os vasinhos sanguíneos que abastecem as extremidades do corpo, que é o caso do couro cabeludo.12

O sedentarismo também é um vilão porque piora a circulação sanguínea e é um desencadeante de várias doenças.13

4. Problemas de saúde são desencadeantes da queda de cabelo.

Quando há um problema de saúde envolvido, a queda de cabelo ocorre, geralmente, de forma brusca e acaba sendo até um sintoma indicador da própria doença.1

Na prevalência de diabete, hipertensão, obesidade e triglicérides altos, os vasos que irrigam o couro cabeludo são lesados. O sangue não chega à região como deveria e, por isso, não há nutrição adequada dos folículos pilosos.14, 15

A anemia leva a uma queda na concentração de hemoglobina que é fundamental para o transporte de oxigênio. Isso impacta na saúde do folículo piloso e, portanto, na resistência dos fios.16, 17

A doença de Crohn, assim como outras doenças inflamatórias intestinais, afeta a absorção de substâncias benéficas ao organismo, ainda que se tenha uma alimentação balanceada. No caso da doença de Crohn, a inflamação pode se espalhar para outras partes do trato gastrointestinal e causar diarreia, cólica abdominal, às vezes febre, entre outros sintomas dependendo do grau e da atividade da doença.22

A queda de cabelo está entre os principais sintomas de doença renal crônica, isso porque os rins deixam de filtrar o sangue direito e limitações alimentares agravam o problema.1, 18

A bactéria Treponema pallidum, causadora da sífilis, passadas algumas semanas da invasão ao organismo, pode provocar manchas na pele e queda de cabelo.19

Fungos amam unhas, mas também cabelos. Ao atingir o couro cabeludo, a micose pode gerar inflamação local e descamação, deixar a área mais oleosa e favorecer a perda de cabelo.8

Mulheres que sofrem de ovário policístico produzem hormônio masculino em larga escala, o que pode desencadear o crescimento de pelos no corpo e, posteriormente, a queda.4

Mudanças hormonais podem levar à queda de cabelo temporária como, por exemplo, durante a gravidez, parto ou menopausa.4

O estresse crônico é um dos grandes causadores de alterações hormonais, o que altera o funcionamento do organismo e pode prejudicar a saúde capilar.1

As doenças autoimunes usam as células de defesa contra o próprio organismo. Isso alastra processos inflamatórios com potencial de afetar também o couro cabeludo. Entre as consequências do lúpus eritematoso está a alopecia. No caso da alopecia areata, ela se volta especificamente contra os folículos capilares e, com isso, abrem-se falhas nos cabelos. São raros os casos em que todo o cabelo cai.4

Na psoríase, uma doença inflamatória, as lesões formadas na pele, geralmente em placas, podem se estender até as entradas da testa ou mesmo no couro cabeludo, comprometendo o crescimento de cabelo além de provocar coceira.20

Medicamentos também podem causar a queda, como os usados em quimioterapias, no caso de tratamento de câncer, aqueles para artrite, problemas cardíacos e depressão.1

A tricotilomania, uma doença em que a pessoa arranca com as mãos fios de cabelo, pelos da barba e do corpo, também é responsável por falhas bem relevantes.21

5. A calvície ou alopecia androgenética como causa da queda.

A hereditariedade é a causa mais conhecida da queda de cabelo. Apesar de ser mais comumente associada aos homens do que às mulheres, ambos podem herdar a alopecia androgenética de seus pais. Ela começa geralmente na puberdade e se agrava com o passar dos anos.4

Esse tipo de alopecia é ocasionada pela conversão de altas doses de testosterona em di-hidrotestosterona, molécula que afeta o ciclo dos fios.4, 21

O que você pode fazer para ter cabelos bonitos e saudáveis

  1. Tudo começa pela boa alimentação. Garanta que esteja consumindo as vitaminas e demais nutrientes necessários para a saúde do seu organismo e de seus cabelos.1, 4
  2. Uma rotina de cuidados com a raiz e fios é fundamental para manter o fio saudável. Dê atenção aos seus cabelos com frequência e use somente produtos adequados.1, 4
  3. Se está perdendo cabelo e sua saúde está debilitada, tem tomado muitos medicamentos ou possui doenças crônicas, converse com seu médico a respeito ou procure um dermatologista que possa ajudar com tratamentos específicos para seu caso.

Quem pode ajudar na orientação

Algumas pessoas demoram a reconhecer a perda de cabelo ou minimizam o problema por medo de haver algum indício de alguma doença grave.

Por isso, o alerta de amigos e familiares, muitas vezes, é o gatilho para a queda ser tratada logo no início.

Também o olhar atento de cabeleireiros, manicures e podólogos é fundamental, já que ao lidar com cabelos e unhas dos clientes podem perceber mais facilmente a fragilidade deles.

É importante mostrar que há inúmeras possibilidades de casos, dos mais corriqueiros, como a deficiência de vitaminas ou outros nutrientes, aos mais complexos.1, 4 Mas em todos eles, quanto mais rápido cuidar, melhor. Esta matéria que você está lendo também pode ajudá-los a conhecer mais profundamente sobre o assunto. Compartilhar conteúdo é sempre uma boa ideia.

E o médico é o profissional que vai diagnosticar seu tipo de alopecia e o tratamento mais adequado. Em alguns casos, pode até enxergar que a perda de cabelo é um indicador de outras doenças mais sérias. Fale com seu médico ou procure um dermatologista.

Uma boa dica de como cuidar da saúde do bulbo capilar e dos fios, você encontra aqui.

Referências:
1. Harrison S, Bergfeld W. Diffuse hair loss: its triggers and management. Cleve Clin J Med. 2009;76(6):361-7.
2. Cash TF. The psychology of hair loss and its implications for patient care. Clinics in Dermatology. 2001;19:161-6.
3. MedlinePlus. Aging changes in hair and nails [Internet]. Bethesda (MD): U.S. National Library of Medicine; [citado jun 2019]. Disponível em: https://medlineplus.gov/ency/article/004005.htm
4. Breitkopf T, Leung G, Yu M, Wang E, McElwee K. The basic Science of hair biology: what are the causal mechanisms for the disordered hair follicle? Dermatol Clin. 2013;31:1-19.
5. Rivitti EA. Alopecia areata: Revisão e atualização*. An Bras Dermatol. 2005;80(1):57-68.
6. ABCRC. Calvície – o que é e suas causas [Internet]: Curitiba: Associação Brasileira de Cirurgia da Restauração Capilar; [citado jun 2019]. Disponível em: http://www.abcrc.com.br/calvicie-o-que-e-e-suas-causas/
7. Finner AM. Nutrition and hair: deficiencies and supplements. Dermatol Clin. 2013;31(1):167-72.
8. Borda LJ, Wikramanayake TC. Seborrheic dermatitis and dandruff: a comprehensive review. J Clin Investig Dermatol. 2015;3(2).
9. Boer M, Duchnik E, Maleszka R, Marchlewicz M. Structural and biophysical characteristics of human skin in maintaining proper epidermal barrier function. Postepy Dermatol Alergol. 2016;33(1):1-5.
10. Billero V, Miteva M. Traction alopecia: the root of the problem. Clin Cosmet Investig Dermatol. 2018;11:149-59.
11. Dias MF. Hair cosmetics: an overview. Int J Trichology. 2015 Jan-Mar;7(1):2-15.
12. Trüeb RM. Association between smoking and hair loss: another opportunity for health education against smoking? Dermatology. 2003;206(3):189-91.
13. Warburton DE, Nicol CW, Bredin SS. Health benefits of physical activity: the evidence. CMAJ. 2006 Mar 14; 174(6):801-9.
14. Klemp P, Peters K, Hansted B. Subcutaneous blood flow in early male pattern baldness. J Invest Dermatol. 1989 May;92(5):725-6.
15. Granger N, Rodrigues SF, Yildirim A, Senchenkova EY. Microvascular responses to cardiovascular risk factors. Microcirculation. 2010;17(3):192-205.
16. Vieth JT, Lane DR. Anemia. Emerg Med Clin North Am. 2014;(3):613-28.
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18. Peres LAB, Passarini SR, Branco MFBT, Kruger LA. Dermatoses em renais crônicos em terapia dialítica. J Bras Nefrol. 2014;36(1):42-7.
19. Piraccini BM, Broccoli A, Starace M, Gaspari V, D’Antuono A, Dika E, Patrizi A. Hair and scalp manifestations in secondary syphilis: epidemiology, clinical features and trichoscopy. Dermatology. 2015;231(2):171-6.
20. Almeida MC, Romiti R, Doche I, Valente NYS, Donati A. Psoriatic scarring alopecia. An Bras Dermatol. 2013;88(6 Suppl 1):S29-31
21 Tosti A, Piraccini BM, Sisti A, Duque-Estrada B. Hair loss in women. Minerva Ginecol. 2009;61(5):445-52.
22. ABCD. Sobre a Doença de Crohn [Internet]. São Paulo: Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn; [citado jun 2019]. Disponível em: https://abcd.org.br/sobre-a-doenca-de-crohn/

Fontes:
https://www.aad.org/public/diseases/hair-and-scalp-problems/hair-loss
https://veja.abril.com.br/saude/conheca-16-causas-para-a-queda-de-cabelo/
https://saude.abril.com.br/medicina/11-problemas-que-fazem-o-cabelo-cair/

Importante: este produto não substitui uma alimentação equilibrada e seu consumo deve ser orientado por nutricionista ou médico. Crianças, gestantes, idosos e portadores de qualquer enfermidade devem consultar o médico ou nutricionista. Consumir este produto conforme recomendação de ingestão diária constante na embalagem.Produto dispensado de Registro conforme RDC Nº 27/2010.

Não contém glúten.

Este produto não é um medicamento.
Não exceder a recomendação diária de consumo indicada na embalagem.
Mantenha fora do alcance de crianças.

    1. Olá, Fabiana, tudo bem? Tudo em excesso pode fazer mal à saúde e, como Tacitá é um suplemento vitamínico e mineral, isso não é diferente.?Você pode consultar um médico ou um nutricionista para te ajudar a chegar no equilíbrio. ?

    1. Olá, Fabiana, tudo bem? Tacitá pode auxiliar no crescimento e desenvolvimento fisiológico dos fios em condições de queda capilar relacionadas à falta de nutrientes, uma das causas do eflúvio telógeno, conhecido como queda de cabelo. Ele não auxilia no tratamento da alopecia androgenética, nem da alopecia areata. Dá uma espiada em nosso blog para saber mais 😉

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