A “calvície” é um tipo de perda capilar mais associada com o universo masculino, mas que também afeta milhares de mulheres ao redor do mundo. Conhecida cientificamente como alopecia androgenética feminina, ela possui características, causas e tratamentos específicos, muitas vezes diferentes dos homens.
A calvície feminina impacta a saúde dos fios e também a autoestima da mulher, podendo gerar consequências emocionais e psicológicas. Além da alopecia androgenética, relacionada à herança familiar, há outros tipos de alopecia bem comuns como a alopecia areata e o eflúvio telógeno.
Desta vez, vamos falar um pouquinho mais sobre a calvície feminina, abordando sobre as causas e formas de tratamento. Também daremos dicas de como lidar com essa condição delicada, baseada em informações confiáveis para te ajudar a cuidar melhor dos seus fios.
Entenda as principais causas da calvície feminina
A calvície é uma condição caracterizada pelo afinamento progressivo dos fios devido à sensibilidade genética dos folículos capilares aos andrógenos. Eles são hormônios masculinos, como a testosterona, que também são produzidos pelas mulheres. Isso leva ao encurtamento do ciclo de crescimento do cabelo, especialmente na região do topo da cabeça.
Embora a predisposição genética seja o fator mais importante, o surgimento da calvície androgenética depende da interação de vários fatores ao longo da vida.
Por isso, mesmo mulheres com predisposição genética podem retardar ou mitigar os sintomas com prevenção adequada e intervenções precoces.
Veja os principais fatores que levam a calvície feminina:
- Herança Genética: a predisposição genética é o primeiro fator a ser levado em conta, e uma das principais causas da calvície em mulheres. Esse fator hereditário aponta para uma probabilidade maior de que a pessoa apresente sensibilidade folicular e, consequentemente, um quadro de perda capilar com o passar dos anos;
- Alterações Hormonais: outra figurinha carimbada no bingo das causas de calvície feminina são os hormônios que desempenham um papel fundamental na saúde dos cabelos. A variação hormonal é um importante desencadeante do quadro de calvície. Condições como a Síndrome dos Ovários Policísticos, a menopausa e mudanças hormonais em decorrência da gravidez podem levar à queda de cabelo também;
- Estresse: O estresse crônico estimula a liberação de cortisol e outros hormônios, que podem aumentar a conversão da testosterona em DHT, o principal responsável pela miniaturização dos folículos capilares.
- Penteados: O uso frequente de penteados que puxam bastante os cabelos, como tranças muito apertadas, por exemplo, ou rabos de cavalo, podem contribuir com esse quadro de perda capilar, já que danifica bastante os folículos. É a chamada alopecia de tração;
- Deficiências nutricionais: a falta de alguns nutrientes essenciais, como o ferro, o zinco e as vitaminas do complexo B podem impactar bastante na saúde dos cabelos, deixando os fios mais fracos e propensos à queda.
Conheça outros tipos de alopécia feminina
A calvície feminina pode ter causas diferentes e, portanto, pode ser de tipos distintos. Eles se diferenciam principalmente pela forma que afetam o couro cabeludo, assim como, pela intensidade da queda. Os tipos mais comuns são:
- Alopecia Androgenética: mais comum em homens, e costuma se manifestar em mulheres de forma menos agressiva, geralmente, aparecendo com a perda na densidade dos fios. Ao invés de áreas totalmente calvas, as mulheres costumam notar uma rarefação em algumas regiões no topo da cabeça;
- Eflúvio Telógeno: essa a condição mais comum que acontece quando o cabelo passa para a fase de queda de uma forma muito brusca, em decorrência de algum evento de estresse agudo, pós-parto, ou até mesmo pelo uso de algum medicamento. A queda, nesses casos, costuma ser mais esparsa e mais “difusa”, afetando o couro cabeludo todo, não em áreas específicas. Geralmente, é temporária;
- Alopécia Areata: esse tipo de queda é uma condição autoimune, onde o próprio sistema imunológico da pessoa acaba atacando os folículos pilosos, causando a queda em áreas arredondadas e bem definidas. Em alguns casos, essa condição pode acabar evoluindo para uma perda de cabelo mais intensa.
Sintomas e diagnóstico da calvície feminina
A perda de cabelos em mulheres se manifesta de forma própria. Veja alguns sinais amarelos que podem ser um alerta para procurar um dermatologista:
- Afinamento progressivo dos fios: muitas mulheres começam a perceber que os fios estão mais finos, especialmente na região do topo da cabeça. Esse afinamento é um dos primeiros sinais da alopecia androgenética;
- Aumento da queda capilar: embora seja dentro do normal perder de 50 a 100 fios de cabelo por dia, um aumento significativo na queda dos fios pode indicar a presença de algum problema. Não significa que você precise contar quantos fios caem da sua cabeça todos os dias para ter certeza, mas se essa queda ficar visivelmente maior nos pentes, travesseiros, ou nas lavagens do cabelo, pode ser um sinal de alerta;
- Diminuição no volume do cabelo: um dos principais e mais visíveis sintomas iniciais, apesar de que o alerta pode não vir de cara. A diminuição da densidade dos fios ocorre lentamente com o passar dos anos até ser percebida;
- Para confirmar esse diagnóstico, os dermatologistas geralmente realizam alguns exames específicos, como o tricoscópio (um aparelho que analisa a saúde dos fios e do couro cabeludo) e, em alguns casos, o exame de sangue para avaliar se existe alguma deficiência nutricional ou problema hormonal.
Opções de tratamento
Com o avanço da medicina e da dermatologia, existem diversos tratamentos que te ajudam a retardar a queda e a estimular o crescimento de novos fios, entre os mais comuns estão:
- Minoxidil: bastante conhecido, esse medicamento que surgiu para tratar problemas cardíacos, logo se revelou um excelente vasodilatador. De uso tópico, é aplicado diretamente no couro cabeludo, e age estimulando o crescimento dos fios;
- Terapias com laser e LED: tratamentos com laser de baixa intensidade e LED podem ajudar a melhorar a circulação sanguínea no couro cabeludo e estimular a produção de novos fios. Esses procedimentos são realizados em clínicas dermatológicas, e mostram bons resultados na redução da queda;
- Terapia hormonal: se o problema for alguma disfunção hormonal, o seu médico pode indicar tratamentos específicos para seu caso e buscar restabelecer os bons níveis dos hormônios e, consequentemente, reduzir a queda;
- Suplementação Nutricional: nosso queridinho, precisamos confessar. Quando se trata de deficiências de vitaminas e minerais, a suplementação com nutrientes como a Biotina, Ferro, Vitamina D e Zinco, por exemplo, faz uma diferença significativa no fortalecimento dos fios.
Cuidados diários e prevenção
Além de tratar a calvície feminina já instalada, também é importante prevenir os quadros de queda capilar, fortalecendo os fios de dentro pra fora. Dá só uma olhadinha em algumas dicas:
- Alimentação Equilibrada: mesmo que você já esteja cansado de saber disso, precisamos repetir: a alimentação balanceada, rica em proteínas, vitaminas e minerais contribui diretamente com a saúde dos cabelos. Aposte em pratos variados, com carnes magras, peixes, nozes, vegetais folhosos e frutas para te ajudar a nutrir os seus fios de dentro para fora;
- Evite químicas e penteados agressivos: evitar o uso excessivo de produtos químicos agressivos, como alisamentos e colorações, assim como fazer penteados que tracionam demais os fios. Essas duas práticas enfraquecem bastante a estrutura dos seus cabelos e contribuem para a queda dos fios;
- Cuidado com o estresse: o alto nível de estresse é um bem conhecido vilão da queda de cabelos. Práticas de relaxamento como meditação, exercícios físicos moderados e regulares, por exemplo, além de atividades que promovam o bem-estar mental podem ajudar bastante o seu organismo a manter tudo em ordem para que seus fios não sofram;
- Atenção à rotina de cuidados com os fios: lavar o cabelo regularmente e manter o seu couro cabeludo bem limpo pode ajudar a evitar o acúmulo de resíduos que entopem os seus folículos e enfraquecem os fios. Prefira também a água morna, já que a água muito quente resseca o couro cabeludo, o que também contribui bastante para quadros de queda de cabelo.
Anotou tudo?
A calvície feminina afeta milhares de mulheres ao redor do mundo e, além das consequências físicas, e, por isso, também cobra um preço alto na autoestima e na qualidade de vida. Como vimos, podem existir várias causas e vários tratamentos diferentes para cada uma delas.
Mas se nos últimos três meses, você teve um estresse forte, uma mudança hormonal, uma doença, como gripe forte, por exemplo, ou anda se alimentando mal, pode ser que seus fios entraram na fase telógena, ou seja, estão “descansando” antes da hora. E temos uma boa notícia: Tacitá, um potente blend de vitaminas e minerais, pode fazer com que seu cabelo retome o ciclo de crescimento natural.
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